O que leva a ingestão de plástico? Uma armadilha evolutiva dos animais selvagens

Presente no nosso dia a dia de diversas maneiras, devido a sua versatilidade e resistência, o plástico tem expandido exponencialmente causando sérios danos ambientais. De acordo com a ONU Meio Ambiente, 13 milhões milhões de toneladas lixo plástico são depositados na natureza anualmente, sendo este o maior desafio ambiental do século XXI. Além da lenta decomposição (cerca de 400 anos), nos últimos 150 anos, 40% do plástico produzido foi utilizado apenas uma vez e apenas 9% é reciclado. Esses fatores, levam a estimativas e resultados alarmantes para o meio ambiente e para a saúde humana. Por exemplo, estima-se que até 2050 haverá mais plástico que peixes no oceanos e no último mês pesquisadores brasileiros identificaram micropartículas de plástico no pulmão humano.

Continuar lendo

Lixo marinho no Arquipélago de Fernando de Noronha

Por Ana Carolina Grillo e Thayná Jeremias Mello

Apesar do Arquipélago de Fernando de Noronha estar tão distante da costa (~360 km de Natal, RN), o lixo marinho não tem fronteiras. Uma recente pesquisa realizou o levantamento do macro-lixo marinho em Fernando de Noronha, e contribuir na proposição de medidas de mitigação do problema. Como visto em outras praias ao redor do mundo, a maior parte do lixo marinho encontrado na costa de Noronha é plástico. No total, foram coletados 294,5 kg de plástico, e “somente” 15,3 kg de vidro, 8,2 kg de metal e 3 kg de papel. No entanto, a quantidade e tipos de lixo variaram dependendo de características oceanográficas, quantidade de visitantes e infraestrutura de cada área.

Continuar lendo

Decretada a extinção de um dos maiores peixes de água doce do mundo

Conhecido popularmente como peixe-espátula-chinês ou peixe-espada-chinês, Psephurus gladius, é uma das maiores espécies de peixe de água doce do mundo, podendo chegar a 7 metros de comprimento. A espécie é considerada pré-histórica, sendo um dos únicos dois membros existentes de uma linhagem que era bem diversificada entre 37 e 75 milhões de anos atrás e que teve origem há cerca de 200 milhões de anos. O peixe-espátula-chinês sobreviveu a grandes mudanças na terra, como a extinção em massa de dinossauros e répteis marinhos. Tal peculiaridade o fez se tornar figura carimbada em livros didáticos sobre evolução, lembro bem de ter visto este peixe estranho num livro didático do ensino médio.

Continuar lendo

A problemática do microplástico para os corais

Os recifes de coral têm sido cada vez mais afetados pela ação antrópica. Tanto estressores locais, como a pesca excessiva, desenvolvimento costeiro e poluição, quanto estressores globais, como temperaturas elevadas e acidificação do oceano, causaram graves danos aos ecossistemas de recifes de coral durante as últimas décadas. Detritos plásticos foram identificados como poluentes em recifes de coral e estão associados, por exemplo, ao aumento da suscetibilidade a doenças.

Continuar lendo

Alerta de branqueamento nos recifes de coral do Brasil

Post escrito pela convidada Elcia C. G. Almeida

Corais são animais sésseis que vivem nos recifes e em sua maioria desenvolvem forte interação positiva (simbiose) com algas unicelulares chamadas Zooxantelas, as quais fornecem nutrientes e auxiliam em processos fisiológicos desses animais. Apesar dessa relação ser fundamental para os corais, diversos estresses ambientais que ocorrem de maneira natural ou devido a pressão da atividade humana, podem influenciar e romper com esta interação.

Continuar lendo

Pesquisadores brasileiros revelam a ingestão de plástico por tartarugas marinhas

Car@s leitores, 

Como temos visto muito por aí, tanto nos meios de divulgação quanto em ambientes urbanos e naturais, a poluição por plásticos é um problema global que tem afetado a vida marinha em diversas escalas. Pesquisadores brasileiros, liderados pelo pesquisador Ryan Andrades, da Universidade Federal do Espírito Santo, investigaram a ingestão acidental de plásticos nas tartarugas-verdes (Chelonia mydas) por meio de ingestões oportunísticas de cefalópodes (lulas e polvos). Foram analisadas 295 tartarugas-verdes encontradas encalhadas e mortas na costa brasileira. A ingestão de plásticos foi recordada por 68.1% dos indivíduos, totalizando 8251 fragmentos , com uma média de 41 itens por tartaruga-verde. TODAS as tartarugas que ingeriram cefalópodes também acabaram ingerindo plástico.

Continuar lendo